Author Archives Augusto Martins

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Seu quinto álbum, “Felizes Trópicos” carrega tons ensolarados. O CD celebra o encontro de Augusto com a Orquestra Criôla, uma big band brasileira, latina e africana. Traz repertório inédito e as participações especialíssimas de Moska e do mestre João Donato, a quem o álbum é dedicado. Imperdível!

Produzido por Humberto Araújo

Orquestra Criôla

flauta | sax alto   Fernando Trocado
flauta | sax soprano | sax tenor | sax alto | pícolo  Humberto Araújo
sax barítono | sax alto  Sueli Faria
trompetes | flugelhorn José Arimatéia | Diogo Gomes | Gesiel Nascimento
trombones | Jhonson Almeida | Reinaldo Seabra

tuba | Reinaldo Seabra
piano | Fernando Merlino
baixo | Rômulo Duarte
bateria | Jorge Gomes | Sandro Araújo
percussão | Zero
coro | Clarisse Grova | Jurema de Cândia | Humberto Araújo

Participações Especiais 

Zé Carlos | violão (faixas 1, 7 e 12)
Robertinho Silva | bateria (faixa 2)
Cláudio Jorge | violão (faixas 3, 4, 6, 9 e 11)
Alessandro Cardozo | cavaquinho (faixas 4 e 6)

Artistas Convidados 

João Donato (faixa 2) – gentilmente cedido por Acre Musical
Moska (faixa 3)

Confira as letras das músicas:

01. O AMOR É UM SOM
Paulinho  Athayde, Sérgio Coelho e Augusto Martins

O amor é um som
Um som de concha
Que tá sempre rodando a girar

O amor é um dom
Dom de iludir
Dom de ver com um novo olhar

Som de sorrir e de sonhar
Ou dissonante somente
E disque, disque, disque, disque pra mim

Dom de saber e de se ver
E diz que vai sem querer
E diz que diz e que diz que chegou

O amor é um tom
Tom de batuque
E tome batucada no peito

O amor é bom
Bom de doer
Bom de chorar e de se viver

Tom de seguir e de servir
E de ser sal, de ser doce
E disque, disque, disque, disque pra mim

Bom de sair, de seduzir
De saciar, de sentir
E diz que diz que diz que diz que chegou

De cada cheiro, uma lembrança
Cada lembrança, um cheiro deu
De cada olhar, um novo incêndio
De um novo incêndio, um beijo seu
Do novo beijo, uma explosão
Toda paixão também termina
De uma explosão, um novo amor

Rimar tristeza já não combina
De um novo amor, nova paixão
Eu quero ver alguém fazer

Quentura nova no coração
Um cheiro novo aparecer

02. ENQUANTO A GENTE NAMORA
João Donato e Thalma de Freitas

Começo de amor
Inicia o verão
Chove a cântaros lá fora
Enquanto a gente namora

Deixe-se derreter
No absurdo
Deixe-se derreter
No abuso
Molha os olhos
Molha os lençóis
Molha a boca
Molha o mundo lá fora
Enquanto a gente namora.

03. VAI POR MIM
Humberto Araújo e Augusto Martins

Vai por mim
Agora é tudo ou nada
Faço da queda um passo
Do medo, uma escada

Vem pra mim
É a última cartada
A vida é um jogo
A sorte tá lançada

Diz que sim
E vem pro tudo ou nada
O tempo não tem volta
E segue sem parada

Vem pra mim
É a última cartada
A vida é um jogo
A sorte tá lançada

Deixa o que ficou pra trás
A novidade é a gente quem faz
Você é tudo e tudo é muito mais que nada
É demais

Chega e toma o seu lugar
Dona do mundo e da situação
Não quero um curta

Quero um longa de primeira
E vem comigo
Que a viagem fica muito melhor
04. MISTURA CRIOULA
Moacyr Luz

tem gente preta de montão
burundi, coreia, afeganistão
gente parda, pele árdua
samoa, panamá
ruas do gabão
amarelos no tibet
guiné-bissau, urca, jacaré

morenos filipinos
beduínos
mestiço tremembé
se nascesse azul
africa do sul
costas, esmeraldas, capital seul
falam bengalês,
berrichon, javanês
falam dialetos
urdo e malês

sons de toda parte
daff, shenai, derbak
lendo partituras
garotada loura
batucamos tudo
mistura crioula

05. SAMBORDEL
Fred Martins e Augusto Martins

O Cordel encontrou o Samba
Que o chamou de menestrel
Combinaram um Cordamba
Que acabou em Sambordel

Como foi que sucedeu
Essa história contarei
No samba, Cordel cresceu
No cordel, Samba foi rei

Samba foi rei, camará
Madrugada no terreiro
E o samba a vadear
Pelo couro do pandeiro
Ia ele a batucar

Mas no auge da orgia
Veio o sol anunciar
Fim de noite, meu bom dia
Salve terra, céu e mar

Salve terra, camará

Na manhã com alegria
O Cordel a passear
Pra uma boa companhia
Um bom papo encontrar

Ele logo bem faceiro
Começou a vercejar
E animou Samba brejeiro
Que de novo a batucar

Foi um encontro de harmonia
Cordel e Samba, que alegria
Vão improvisando um Cordamba

Animada ia a dupla
Festejando sem parar
Ia o tempo bem passando
E o povo a se ajuntar

Gente saracoteando
Ninguém quieto quis ficar
Todo mundo rebolando
Até o dia acabar

Dia acabar, camará

Veio a noite e a magia
Dos encontros de amor
Beijo, abraço, mais valia
Liberdade, sem pudor

E o Cordamba ia virando
Da junção Samba-Cordel
Se metamorfoseando
Transformado em Sambordel

Foi um encontro de harmonia
Cordel e Samba, que alegria
Vão improvisando um Cordamba

Foi um encontro de harmonia
Cordel e Samba, que alegria
Vão improvisando um Cordamba

 06. BANTU-TUPI
Francis Hime e Celso Viáfora

Chorar, só se for de tanto rir
Banir o pavor que tá no ar
Surrar muita roupa de sair
Matar toda essa saudade
num batuque de batá bantu-tupi

Bater o tambor pro mundo ouvir
Cair na folia e se acabar
Se armar de pandeiro e caxixi
Morrer de felicidade
num batuque de batá bantu-tupi

E aonde o batuque atacar
pra lá, eu vou! Pra lá eu vou!
E aonde o batuque explodir
pra ali, eu vou! Pra ali, eu vou!
Aonde o batuque tremer
Vai ver! Eu vou! Vai ver, eu vou!
E aonde o batuque da paz
é mais, eu vou!
É mais, eu vou!

07. BAOBÁ
Augusto Martins

Tem um jardim nos olhos
Traz no cangote uma flor
Uma beleza de rio
Nas mãos de veludo, candeeiro calor
Uma candura, um macio
E um leve arranhado de amor

Abraço de doce caseiro
Beijo de bala, hortelã
Um coração, um esmero
Um baobá, um afã

08. REFÉM
Fred Martins e Marcelo Diniz

Por você, sou capaz de tudo
Em você todo conteúdo do prazer
Faz de mim o que você quer

Com você eu viro brinquedo
Sem saber se o que eu sinto é medo
Ou se é prazer
Você faz de mim o que quiser

Se você me tem, eu sou refém
Um bem ao seu dispor
Sendo seu refém
Eu sou também o que você quiser/pedir enfim

Por você sou capaz de tudo
A você todo o conteúdo ao seu bel prazer
Faça em mim o que você quiser
Você faz de mim o que quiser

09. BIG BANG
Júlio Dain

Quando tudo começou
Foi um Big Bang
Todo o Universo entrou
Em expansão

Olho para o céu e vejo
O desenho de constelações
Um milhão de estrelas cuja luz
Vem de um milhão de anos-luz

Muitas delas não existem mais
Como elas lanço sinais
No meio da noite

Hoje o fogo se apagou
Mas não sinto frio
Inda há pouco o Sol se pôs
Mais uma vez

Olho para o mar e vejo
Suas formas e ondulações
Abrigando homens e animais

Barcos, pescadores vem e vão
Muitos não retornarão ao cais
Como eles busco sinais
No meio da noite

10. ELA É
Paulinho Athayde e Augusto Martins

Foi encanto, ela foi
Foi leve, foi suave, ela foi
Noite nua, ela foi
Foi brisa, foi serena, ela foi

É beleza, ela é
É nobre, é sublime, ela é
É delícia, ela é
Malícia e minúcia, ela é

Foi encontro, ela foi
Foi livre, foi macia, ela foi
Foi ternura, ela foi
Foi brilho, alegria, ela foi

11. NO FUNDO DO MAR
João Donato e Joyce

Meu navio encalhou
No fundo do mar…

Hoje ninguém mais dorme
Até o raiar do dia
Quando a coruja pia
Faz um barulho enorme
Quero que alguém me informe
Mas ninguém desconfia
Quando a coruja pia
Onde a coruja dorme?

12. ACHO QUE ESPEREI DEMAIS
Paulinho Athayde. Sérgio Coelho e Augusto Martins

Acho que esperei demais,
bem mais meu Deus do que devia.
Já chorei dias passados, paguei todos meus pecados,
sem a sua companhia.

Acho que esperei demais, hora de correr atrás.
Já me cuidei a seu pedido, já larguei a noite e o vício
Hoje sou de amor e paz
Acho que esperei demais.

Acho que esperei demais,
bem mais meu Deus do que devia.
Da janela em nosso quarto, o sol bate em seu retrato, revelando um novo dia.

Acho que esperei demais,
hora de correr atrás.
Já me curvei aos seus caprichos,
mudei todos os meus princípios.
Tudo já ficou pra trás

E vale mais um novo alguém,
que saberá me querer bem.

Vem ver as dálias, rosas vermelhas,
que no jardim você pisou.
Na sua ausência, sem pedir licença,
um novo amor desabrochou.

Vem ver as dálias, rosas vermelhas,
que no jardim você pisou.
Na sua ausência, sem pedir licença,
um novo amor desabrochou.

Acho que esperei demais.